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A pós-modernidade é um conceito da sociologia histórica que designa a condição sociocultural e estética dominante após a queda do Muro de Berlim (1989), o colapso da União Soviética e a crise das ideologias nas sociedades ocidentais no final do século XX, com a dissolução da referência à razão como uma garantia de possibilidade de compreensão do mundo através de esquemas totalizantes. A ideia da condição pós-moderna é algumas vezes caracterizada como uma cultura despida de sua capacidade de funcionar em qualquer estado linear ou autônomo como isolacionismo regressivo, em oposição ao estado mental progressivo do modernismo. Alguns comentaristas, como Ulrich Beck, Anthony Giddens e Zygmunt Bauman, negam que a modernidade tenha terminado e consideram a era pós-Segunda Guerra Mundial uma continuação da modernidade, a que se referem como segunda modernidade, modernidade líquida ou modernidade tardia.
O uso do termo se tornou corrente embora haja controvérsias quanto ao seu significado e à sua pertinência. A pós-modernidade pode significar uma resposta pessoal a uma sociedade pós-moderna, as condições de uma sociedade que a tornam pós-moderna ou o estado de ser associado a uma sociedade pós-moderna, bem como a uma época histórica. Na maioria dos contextos, deve-se distinguir do pós-modernismo, a adoção de traços ou filosofias pós-modernas nas artes, cultura e sociedade. De fato, hoje, perspectivas históricas sobre os desenvolvimentos da arte pós-moderna (pós-modernismo) e da sociedade pós-moderna (pós-modernidade) podem ser melhor descritas como dois termos genéricos para processos envolvidos em um relacionamento dialético contínuo, tal como o pós-pós-modernismo, cujo resultado é a cultura evoluindo do mundo contemporâneo.
Algumas escolas de pensamento situam sua origem no alegado esgotamento do projeto moderno, que dominou a estética e a cultura até final do século XX. Em A Condição Pós-Moderna, François Lyotard caracteriza a pós-modernidade como uma decorrência da morte das "grandes narrativas" totalizantes, fundadas na crença no progresso e nos ideais iluministas de igualdade, liberdade e fraternidade. Outros, porém, afirmam que a pós-modernidade seria apenas uma extensão da modernidade, período em que, segundo Benjamin, ocorre a perda da aura do objeto artístico em razão da sua reprodução técnica, em múltiplas formas: cinema, fotografia, vídeo, etc..
O conceito de pós-modernidade inclui, portanto, o que se designa como pós-modernismo em arte - especialmente na arquitetura. O crítico brasileiro Mário Pedrosa foi um dos primeiros a utilizar este termo, em 1966. Usou-o frequentemente para enfatizar o fim do modernismo, cujos preceitos se mostravam insuficientes para compreender as artes visuais do período, especialmente os desdobramentos do neoconcretismo e o surgimento da pop art. Em importante artigo sobre a arte de Hélio Oiticica, publicado no Correio da Manhã de 26 de junho de 1966, Pedrosa afirmava: